Entre os artistas convidados estão Agrade Camiz, Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição
A mostra ‘Se Essa Rua Fosse Minha’ em cartaz de 06 de agosto a 2 de outubro de 2022 no Oi Futuro Flamengo, materializa as práticas e ações promovidas pelo Play; festival que acontece entre 01 de agosto a 03 de setembro de 2022 e ocupa cinco regiões do Rio de Janeiro: zona sul, na Praça do Largo do Machado e Oi Futuro, centro, na Praça Mauá e Museu de Arte do Rio, zona norte, no Parque Madureira e Arena Fernando Torres junto a Zonas de Cultura Madureira, no Marco 11 e Ser Cidadão, em Santa Cruz, e Centro Cultural Oscar Niemeyer e Biblioteca Pública, em Duque de Caxias.
Com idealização e curadoria de Tathiana Lopes, especialista em cultura, educação e comunicação, com mais de 20 anos de experiência na realização de festivais e projetos multiplataforma, o Play conta com cinco instalações artísticas comissionadas, expostas em diversos espaços públicos da cidade, e se desdobra em uma série de ações e atividades que promovem experimentação e reflexão a partir das infâncias e juventudes, da cidade e suas diversidades.
“A exposição propõe uma relação direta com as instalações criadas para o espaço público, trazendo outros processos estéticos já elaborados e expostos pelos artistas convidados, deixando aos públicos obras-pistas, e propondo outras experiências e percepções sobre os territórios e suas subjetividades”, comenta a idealizadora, Tathiana Lopes.
Play é uma Plataforma Livre de Acesso às Artes, de impacto sociocultural, que através das múltiplas linguagens e expressões artísticas, deseja ampliar percepções sobre educação a partir da cidade e suas diversidades. Estimulando a reflexão e a experimentação através de instalações e intervenções, performances, residências, oficinas e diálogos, que exploram diferentes experiências estéticas nas artes visuais, música, teatro, dança, literatura e arte urbana, oferecendo um espaço de conhecimento, troca e intercâmbio artístico, cultural e territorial.
Convidados da exposição:
Os artistas visuais: Agrade Camiz, Sallisa Rosa com Sucata Quântica, Heberth Sobral, Adrianna Eu e Rommulo Vieira Conceição contando o processo de criação e construção de suas obras públicas para o festival.
As personalidades e lideranças locais: Amir Haddad, Tia Surica, WG da Rua e Heraldo HB (Duque contando sobre suas vivências na cidade e localidades onde vivem.
A Instituições sócio culturais com foco no atendimento a crianças e jovens da região, sob a perspectiva da arte e do esporte para a educação: Escola Vidigal na comunidade do Vidigal, criada pelo artista plástico Vik Muniz, Instituto Ademafia criado pelo skatista Ademar Lucas na comunidade do santo Amaro na Glória, Lanchonete Lanchonete, criada pela artista Thelma Villas Boas na comunidade da Pequena África, no bairro da Gamboa, no Centro, Jongo da Serrinha em Madureira, Cultura na Cesta criada pelo jogador de basquete WG da Rua na comunidade do Cesarão e Ser Cidadão criada por um grupo de educadores e conta com Francisco Jorge como gerente de projetos em Santa Cruz, e a Chypher Kids, criada pelo DJ Zulu Tecnykko e funciona no espaço cultural Lira de Ouro de Duque de Caxias.
O Play ouviu 70 crianças atendidas por essas instituições, suas percepções sobre a cidade, sobre arte, educação, e o que elas gostariam de dizer a quem governa a cidade. O festival vai levar todas as crianças entrevistadas junto às instituições para participar das atividades artísticas, rodas de conversa e oficinas durante toda a sua programação.
O Play é realizado pela Cardápio de Ideias, pela Lei de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial de Cultura e Ministério do Turismo, conta com patrocínio da Localiza, com as parcerias institucionais da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, do Zonas de Cultura Madureira, Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura de Duque de Caxias, Secretaria de Educação de Duque de Caxias, Oi Futuro, Museu de Arte do Rio, Ser Cidadão, Observatório de Favelas, Galpão Bela Maré, Escola Vidigal, Vik Muniz Studio, Instituto Ademafia, Lanchonete Lanchonete, Jongo da Serrinha, Cypher Kids, Cultura na Cesta, Galpão Goméia e Lira de Ouro.
Sobre Tathiana Lopes
Tathiana Lopes é fundadora e diretora criativa da Cardápio de Ideias. Especialista em Cultura, Educação e Comunicação, atua há mais de 20 anos nos campos da arte e cultura, criando e realizando projetos artísticos, multiplataforma, festivais e diferentes ações culturais. Foi idealizadora e curadora do Ping Festival de Cultura, Arte e Educação. Idealizadora e realizadora do Festival Novas Frequências, diretora e realizadora do Festival Mais Performance, idealizadora e realizadora do Projeto Paisagem em parceria com o artista plástico Vik Muniz, entre outros projetos de alcance nacional e internacional.
Em parceria com O Instituto, ESPM e Museu de Arte do Rio – MAR, desenvolveu o programa de formação em elaboração de projetos para jovens periféricos do RJ para os 10 anos do projeto Rio de Encontros, foi mentora e facilitadora do Hiper Museus, do Percursos Formativos do MAR e colaboradora do Museu Vivo. Colaborou com a curadoria e elaboração do curso de Produção de Festivais e Eventos Culturais para a plataforma Coliga da Fundação Roberto Marinho. Faz parte do Conselho Consultivo da Favela Vertical e da Escola Vidigal.
Adriana Eu
Adrianna Eu é carioca mas atualmente mora em São Paulo. Tem como seus temas principais as relações de um “eu” com o tempo, com o espaço que habita, com o outro e, principalmente, com ele mesmo. Adotou como sobrenome o pronome eu, com a intenção de provocar no outro uma sensação de estranhamento e considera isso sua primeira obra. Em sua formação, fez pintura na Escola de Artes Visuais – EAV, cursos livres de filosofia no Museu da República, frequentou grupos de estudos com artistas como Brígida Baltar, e se interessou por psicanálise. Já expôs em diversas instituições nacionais e internacionais. Seus trabalhos integram várias coleções, destacando-se Galeria Real – Amman/Jordânia; Museu Romulo Maiorana e MAR – Museu de Arte do Rio. Adrianna gosta de pensar que é só uma menina nascida em Vila Isabel e que sua trajetória é traçada pelo desejo.
Agrade Camiz
Artista multimídia, nasceu no Rio de Janeiro em 1988, onde vive e trabalha. Articula seus trabalhos usando a estética da arquitetura popular carioca, mesclando questões relacionadas à sexualidade, à beleza e à opressão feminina. Incorpora grades em muitos trabalhos, elemento que remete a imposições e padronizações do comportamento. A artista, além de produzir obras de diversas dimensões que podem ser exibidas em galerias e museus, também possui um trabalho expressivo como grafiteira e muralista em diversos pontos da cidade.
Heberth Sobral
Cursou História da Arte e Desenho Técnico com João Magalhães, figura humana e criação artística no Senac e o curso PRODUZIRVER- PENSAR, com Pedro França na Escola de Artes Visuais Parque Lage. Começou na área artística como assistente em 2005 quando fez um Workshop de fotografia que o levou a ser convidado por Fábio Ghivelder para trabalhar com Vik Muniz.
Rommulo Vieira Conceição
Artista visual que trabalha com diversos meios, como a instalação, os objetos, a escultura, o desenho e a fotografia, explorando as sutilezas de percepção do espaço na contemporaneidade e as relações do homem contemporâneo no mundo atual. Nasceu em 1968, em Salvador- Bahia, onde começou seus estudos em artes em 1983, sob a orientação da artista Célia Prata, na Oficina de Artes Plásticas da Escola Técnica Federal da Bahia. Atualmente, é representado pela Galeria Gestual, Porto Alegre e pela Galeria Bailune-Biancheri, em São Paulo. Desde 1998 vem realizando exposições individuais e coletivas, e residências artísticas no Brasil, na Argentina, na Austrália, no Japão e na Finlândia. Foi indicado duas vezes ao Prêmio Açorianos de Artes Plásticas (2010 e 2012) e três vezes ao prêmio PIPA (2010, 2011, 2018). Tem obras em vários acervos públicos, dentre os quais: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo/USP; Museu Afro Brasil, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Museu de Arte do Rio e Museu Nacional de Belas Artes.
Sallisa Rosa
Nascida em Goiânia, em 1986, vive e trabalha no Rio de Janeiro (RJ). Atua com a arte como caminho e experiências intuitivas, ficção, território e natureza, sua prática circula entre fotografia e vídeo, mas também instalações e obras participativas. Sua primeira exposição individual aconteceu em novembro de 2021 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM. O trabalho de Sallisa foi destaque na Trienal do SESC em Sorocaba (2021), na exposição Histórias feministas: artistas após 2000 no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) (2019), VAIVEM, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro (CCBB) (2019), na Bienal do Barro, Caruaru (2019), Estratégias do Feminino, Farol Santander, Porto Alegre (2019), Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte (2019) e Dja Guata Porã, Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) (2017). Indicada ao Prêmio PIPA 2020.
Sucata Quântica
Sucata Quântica nasceu em São Paulo em 2018, como uma iniciativa coletiva de resgate de objetos, materiais e práticas por meio do reuso criativo (upcycling). Combate a lógica da obsolescência programada a partir da criatividade, da técnica e da diversão. Tem desenvolvido instalações artísticas em festivais como Frestas – Trienal de Arte do Sesc Sorocaba (2021-2022), cenografia de eventos (Encontros Lixo-Zero 2019 e 2022), mais de 12 oficinas para toda classe de públicos e com variedade de protótipos. Também tem sido expositora de mais de 10 feiras e exposições.
Sucata iniciou com a parceria de Hamilton Ortiz, Felipe Rodriguez, Bianca Walber e Sol Calderón. Hoje contamos com uma rede ampla de parceiros de design industrial, artes, permacultura, arquitetura e engenharia que é ativada para projetos específicos.
OBRAS
“A fragilidade dos negócios humanos pode ser um limite espacial incontestável” de Rommulo Vieira Conceição para a exposição
A série de trabalhos “A fragilidade dos negócios humanos pode ser um limite espacial incontestável” fala sobre essa incongruência do mundo moderno. No mundo, ele produz um padrão, um movimento estético. Mas, no Brasil, não resulta em grande abrangência na prática dos seus conceitos, na captura da sociedade brasileira de suas benesses. O padrão geométrico se estabelece no concretismo brasileiro visando uma sociedade igualitária: um padrão geométrico sem a importância de um parâmetro a outro.
As grades ainda guardam a sensação de insegurança, de proteção: o benefício do moderno, de igualdade social, de empoderamento, de possível, se trai com esse elemento! Entretanto, as grades usam os padrões geométricos deixados pelo moderno sem que o significado de moderno exista em sua plenitude, em sua prática, se tornando apenas um padrão estético. O muro, com o mesmo padrão concreto, se torna inviolável, impenetrável, com suas aberturas porta e janela totalmente bloqueadas. Não há comunicação entre o dentro e o fora. Não há fluxo. Não há espaço ou segurança para isso existir.
A escolha por esta obra de Rommulo Vieira Conceição, para compor o corpo expositivo da mostra “Se essa rua fosse minha”, se dá pela relação direta com a obra “Múltiplas Infâncias” criada pelo artista para ocupar as ruas, mais precisamente o Complexo Cultural Oscar Niemeyer em Duque de Caxias.
Sobre a obra Múltiplas Infâncias criada por Rommulo Vieira Conceição para a Praça do Pacificador em Duque de Caxias.
Criada para proporcionar uma experiência física que remetesse ao lúdico, mas não necessariamente a partir dos brinquedos convencionais presentes nos parques, o artista escolhe como elemento principal as catracas das estações comumente encontradas nas estações de trem.
“Dentro da minha memória de infância, me vieram rapidamente as catracas que ficavam nas estações de trem. A ideia de viajar de trem do subúrbio para Salvador ou vice-versa, era sempre motivada pelo fato de eu ter que passar pelas catracas. Sua função era a possibilidade de me pendurar numa de suas barras e ser empurrado pela minha avó, ou pela minha mãe.Era uma mistura de mistério, de solidão, isolamento, diversão, perigo e força, tudo junto. Achava aquele movimento tão breve, muito empolgante, o tamanho de tudo era agigantado.” Rommulo Vieira.
Se essas catracas têm uma função definida de limitar uma sociedade que pode e que não pode acessar espaços, que ela seja subvertida em movimento, em negociação desses espaços, em um labirinto lúdico que é viver. Que promovam a convivência, entretenimento e liberdade.
Cubo Cubista e Roda Gigante de Heberth Sobral para a exposição
Cubo Cubista é uma escultura geométrica composta de azulejos com imagens compostas por partes de bonecos playmobil, fragmentadas conforme a manifestação artística que leva no nome. A obra é um desdobramento da série de azulejos que compõem alto relevo, fotografias e esculturas, usando o azulejo como a linguagem principal, resultado de uma residência artística portuguesa, na qual o artista faz uma fusão da sua cultura de bonecos com a cultura local de azulejos portugueses.
Roda Gigante faz parte da série de releituras bem humoradas de obras consagradas. É uma versão da obra Bicycle Wheel de Marcel Duchamp, onde o artista utiliza os bonecos e a roda de uma bicicleta como roda gigante, convidando o público a interagir e mergulhar no imaginário bem humorado do artista.
Sobre a instalação Cubo Tetris criada por Heberth Sobral para o Parque Madureira
A relação com a obra Cubo Tétris criada por Heberth para ocupar o Parque Madureira se dá por meio dos elementos lúdicos e conceituais que compõem tanto a obra Roda Gigante como o Cubo Cubista. Que se constituem e são criadas a partir da utilização dos bonecos, dos azulejos e da materialização das peças que formam o grande o cubo que se desdobra no quebra cabeças que o jogo de Tetris propõe.
“Cidade é um jogo de tetris imobiliário, imigratório e cultural, onde as pessoas tentam se encaixar e se adequar a um grupo existente. A obra é criada por três imagens que compõem uma cidade. Os bonecos simbolizam as pessoas, e podem ser vistos de perto, mas num jogo de ilusão, o que se percebe ao ver a obra de longe são azulejos usados nas construções, e ao se afastar ainda mais o que se vê é um jogo de tetris refletindo as mudanças da cidade.”
{A}grade e Divisa de Agrade Camíz para a exposição
{A}grade
“Chamo de grade os princípios morais, as durezas do comportamento que criamos, as éticas que nos atingem , e a partir da ambiguidade do sentido de agradar, e de limitar, passo então a explorar a grafia da palavra, questiono em múltiplas direções as impossibilidades criadas pelos próprios núcleos sociais e que limitam a existência, padronizações através da grade. Em nossas casas, cercadas e seguras, nos protegemos de nós mesmos, dos nossos resultados. Se olharmos bem dentro, no fundo da caixa conseguimos nos ver entre belas grades, em espelhos partidos, um convite a olhar pra dentro”
Divisa é um desdobramento da pesquisa da artista, que se alastra nas discussões escultóricas e instaláveis, no mesmo passo que resgata estéticas e interações políticas para o seu trabalho no diálogo com os territórios, corpos e suas geopolíticas.
Sobre a instalação Boitanga criada por Agrade Camiz para oLargo do Machado
“Fui atrás da minha infância pra pensar nesse trabalho. Então trouxe as grades de janelas para o lugar do brinquedo trepa-trepa, e uma janela redonda, bem grande, passa a ser um gira-gira. Dessa forma, trago uma memória afetiva ligada aos territórios suburbanos, favelados, despertando a fantasia no transformar de janelas, grades, elementos relacionados ao lar, resignificando-os em arte e brincadeiras.
O Largo do Machado também está presente nesta obra, já foi uma lagoa e depois do seu aterramento, no século XVII foi chamado de Campo das Boitangas, “nome dado pelos negros da Guiné que ali trabalhavam numa plantação. Boitangas, que no dialeto dos africanos significa cobra que enrola, era um ofídio bastante comum nos alagadiços onde os escravos cultivavam arroz.” A pintura da instalação se inspira na popular cobra coral como uma forma de firmar outras identidades.”
Labirinto de Sallisa Rosa e Sucata Quântica criada para a Praça Mauá
A série de três croquis ou desenhos-projeto, Labirinto na mostra espelha precisamente os caminhos estreitos para o esboço que dá vida e sentido ao Labirinto que se fará presente, a partir da construção da artista e do coletivo, e as colaborações diversas do público, do tempo e do espaço presentes e circulantes na Praça Mauá no Rio de Janeiro.
Reflexão sobre a proposta de instalação:
“O labirinto acredita no caminho como uma metodologia tradicional artística possível para construção de sentidos. Usando o corpo como suporte, o ponto de partida é o eu.
Convocando-nos a desorientação do labirinto é dada a largada para a metodologia de percorrer a rede de caminhos e fronteiras, de certezas e dúvidas, em se perder ou se achar, onde circula o visível e o invisível, a dúvida, a tentativa e erro, os rastros, o retorno, a circularidade. Os caminhos são conduções de energia e mistério, escolher caminhos pela intuição, é escolher qual energia queremos ser conduzidos. As materialidades apresentadas aqui se dão por colheitas e investigações de materiais diversos no Rio de Janeiro.”
Cama de Gato de Adrianna Eu criada para o Marco XI em Santa Cruz
As fotografias que formam a série Cama de Gato de Adrianna Eu nos convoca a um ativação da memória ao próprio gesto gerado pela existência da brincadeira, onde temos as presenças da artista e da linha vermelha, material que costura e se apresenta na poética de Adrianna, reaparece também aqui na construção das cenas.
Cama de gato também dá nome à instalação pública, que não só utiliza o nome como conceito, mas materializa em maior escala mãos e linhas trazendo a cidade para esse diálogo e conexão com a brincadeira e suas possibilidades de fruição e experiência. Localizada no Marco XI, Santa Cruz no Rio de Janeiro.
Adrianna nos revela:
“Quando eu era criança, uma de minhas brincadeiras preferidas era cama de gato. Me encantava ver como usando apenas minhas mãos e uma linha, era possível construir muitas formas diferentes que iam se repetindo infinitamente sem nunca deixar de ser possível uma nova trama.
A cama de gato vem sendo praticada há séculos em vários lugares no mundo todo e, para os etnólogos, ainda hoje é um problema explicar por que povos de regiões e culturas tão distintas – como os Maoris da Nova Zelândia, os esquimós do Ártico, os índios norte-americanos e os membros de várias tribos africanas – criam figuras exatamente iguais em suas “cama-de-gato”.
Talvez seja possível se pensar uma memória de um “ brincar” que seja maior que as fronteiras”.
Serviço
Data e Hora
- Instalações Urbanas
Data: 01 de agosto a 3 de setembro
Hora: Domingo a Domingo – 24 horas
- Festival
Data: 06, 13, 20, 27 de agosto e 3 de setembro – aos sábados
Hora: 10h às 19h
- Exposição
Data: 06 de agosto a 2 de outubro de 2022.
Hora: quarta a domingo – 11h às 18h
Local:
Instalações Urbanas: 01 de agosto a 3 de setembro
- Agrade Camiz – Praça Largo do Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras
- Sallisa Rosa e Sucata Quântica – Praça Mauá em frente ao Museu de Arte do Rio no Centro
- Heberth Sobral – Parque Madureira em frente a Arena Fernando Torres
- Adrianna Eu – Marco XI em Santa Cruz
- Rommulo Vieira Conceição – Complexo Oscar Niemeyer em Duque de Caxias
Festival:
- 06 de agosto – Praça Largo do Machado, na divisa entre os bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras
- 06 de agosto – Oi Futuro Flamengo – R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo
- 13 de agosto – Museu de Arte do Rio – Praça Mauá, 5 – Centro
- 20 de agosto – Arena Fernando Torres – R. Bernardino de Andrade, 200 – Madureira Parque Madureira – R. Soares Caldeira, 115 – Madureira
- 27 de agosto – Ser Cidadão – R. Fernanda, 140 – Santa Cruz
- 03 de setembro – Centro Cultural Oscar Niemeyer e Biblioteca Pública- Av. Governador Leonel de Moura Brizola, S/N – Centro, Duque de Caxias
Visita Escolas e Instituições Sociais:
- 01 de agosto a 3 de setembro
De segunda a sexta – manhã e tarde.
Agendamento Cintia Ricardo – [email protected]
Classificação: Livre